quinta-feira, 29 de abril de 2010

Vai fazer sol de novo



Definitivamente, não sabemos viver. E na busca desenfreada por tentar encontrar um caminho melhor, acabamos desperdiçando fases da vida. Isso acontece por uma simples razão: somos limitados. Não conseguimos ampliar a nossa visão diante dos fatos.

Crescemos acreditando no dito popular que diz: “é preciso ver para crer” quando na verdade o que precisamos é “crer para enxergar”.

Mas não somos de todo culpados por isso. Em determinadas situações, o mundo realmente nos mostra que parecemos estar diante do imutável e como se não bastasse, do imponderável também, pois quem pode prever o futuro?

É tudo muito incontrolável. Não é possível domesticar a vida para que se tenha apenas dias bons. Infelizmente. De certo modo, todos andamos em escuridão.

E é nessas horas em que tento entender o imutável, o imponderável e o incontrolável que me pergunto: Quando estarei ciente do meu tamanho em relação a Deus?

Deus está sempre certo, até mesmo quando tudo na minha vida parece errado. É preciso lembrar que não vivemos daquilo que sabemos a respeito de Deus mas daquilo que cremos a respeito de Seu caráter. Não é por nossa capacidade de encontrar respostas que vivemos. Aliás, coisa boa é a liberdade própria de quem se desobriga a encontrar respostas. As perguntas nos levam mais longe que as respostas. As perguntas abrem conversas. As respostas fecham.

É preciso aprender com cada momento, principalmente com os ruins. O sofrimento gera solidariedade. Aquele que toma consciência da sua limitação consegue ser mais compreensivo. Parece ter o coração dilatado. Somente quem já chorou sabe chorar com quem chora.

Está sofrendo? Assuma o seu limite. Não seja tão exigente consigo. Não banque o herói. Seja legal com você. Quem se permite sangrar saberá exatamente como agir quando se deparar mais uma vez com o que não puder controlar e mais que isso, saberá acolher quem está completamente perdido.

Não caia no erro de dizer que os dias do passado foram melhores que os de hoje. A nostalgia nos faz olhar para o passado e desmerecer o presente. É uma forma de impaciência com a vida, porque o presente ainda não está consumado. Você não sabe se Deus já chegou ao fim do que está fazendo, pois a coisa ainda está acontecendo.

Seja flexível. Crescemos acreditando que, se obedecermos a Deus, tudo vai dar certo e quando isso não acontece, nos frustramos. Racionalizamos o problema e concluímos que se não deu certo agora, vai dar certo no final.
Amigo, deu errado agora? Então deu errado agora. Ponto. Se não soubermos andar com flexibilidade vamos enfartar.


É preciso lembrar a cada segundo de que nem a vida, nem o mundo e muito menos as pessoas são estáveis. A vida é complexa. É preciso muito jogo de cintura para lidar com o vai e vem da vida, principalmente com a idéia de que as pessoas vão te magoar. Elas não são perfeitas, como você também não é, e se você não for flexível, vai se decepcionar de maneira definitiva e não conseguirá viver. Adapte-se rapidamente. As pessoas mudam e a sua atitude diante disso precisa mudar também para se relacionar com elas do jeito certo e sem grandes feridas.

Apaixone-se pelo seu problema. Achou estranho? Pode ser, mas a verdade é que só assim você encontrará uma solução eficaz para se livrar dele. Encare-o como um desafio, como uma criança faz diante da dificuldade que só o novo traz.

Treine a sua visão. A visão controla a percepção e a percepção transforma a realidade. Tudo estará bem diante dos seus olhos se você estiver aberto para enxergar, então, não se desespere, apenas contemple.

O que te assusta hoje deve ser o seu aliado na busca incessante de dar a volta por cima e ser feliz.

E quando tudo parecer imutável, lembre-se que quem anda com Deus vence o imutável.

Quando o mundo se apresentar incontrolável, lembre-se que você pode influenciá-lo, moldá-lo e afetá-lo.

Quando achar que Deus decidiu que fosse assim, lembre-se que Ele também decidiu ouvir as orações.

Ainda triste? Saiba viver.
Nos dia de sol, faça piqueniques e nos dia de chuva, olhe as fotos do piquenique. Afinal, vai fazer sol de novo.

Fernanda La Salye
Ouvindo: "Finally Free" - Nichole Nordeman

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